O metanol não se destina ao consumo humano — e é altamente tóxico — Foto: Adobe Stock
Uma megaoperação foi realizada na manhã desta quinta-feira (28) para desarticular um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis, comandado por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Parte do esquema promovia adulteração de combustíveis com metanol (CH₃OH), substância altamente inflamável, tóxica e de difícil identificação.
O produto é um tipo de álcool simples, incolor e inflamável, com cheiro semelhante ao da bebida alcoólica comum.
Metanol no combustível pode corroer peças e causar falhas no motor; veja os riscos

Combustíveis de postos controlados pelo PCC tinham até 90% de metanol
Ele já foi chamado de “álcool da madeira”, porque antigamente era obtido pela destilação de toras.
Hoje, sua produção industrial é feita principalmente a partir do gás natural.
Embora seja usado em pequenas quantidades na natureza, podendo ser encontrado em frutas, vegetais e até produzido pelo corpo humano em baixíssimas doses, o metanol é altamente tóxico em concentrações elevadas.
Por isso, seu uso é controlado e limitado pela ANP quando misturado a combustíveis.
A Nvidia, gigante de chips e semicondutores, se prepara para o que vem após a inteligência artificial generativa, marcada pelo lançamento de serviços como o ChatGPT, Gemini e Copilot. Agora, a aposta da empresa é a inteligência artificial física.
Os dois alimentos fazem parte de um estudo que quer tornar possível o plantio fora do planeta, desenvolvido pela Rede Space Farming Brazil, uma parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Agência Espacial Brasileira (AEB), que reúne diversas instituições brasileiras.
Para que serve?
O metanol tem diversas aplicações legítimas na indústria.
Ele é usado na fabricação de formaldeído (o famoso formol), ácido acético, tintas, solventes e plásticos, e está presente em produtos como anticongelantes, limpa-vidros e removedores de tinta.
Também já foi utilizado como combustível em carros de corrida e pequenos motores, mas em condições seguras e controladas.
No Brasil, uma das principais funções do metanol é servir de matéria-prima para a produção de biodiesel, em um processo químico chamado de transesterificação.
Fora disso, ele não deve ser comercializado diretamente para consumo humano ou adicionado em grande escala a combustíveis comuns.
Riscos à saúde
A ingestão, inalação ou até mesmo o contato prolongado com metanol pode causar náusea, tontura, cegueira e até a morte.
Pequenas quantidades já são suficientes para provocar intoxicação grave.
O produto também é inflamável, podendo gerar incêndios e explosões em caso de manuseio inadequado.
Segundo especialistas, a presença de metanol em excesso na gasolina ou no etanol adulterado multiplica os perigos: além de enganar o consumidor, pode levar a falhas mecânicas graves e colocar motoristas e passageiros em risco de acidentes.
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